Jonas Furtado
Uma gaveta de escritos em rede
Capa Meu Diário Textos Áudios Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
A voz do poeta
o remo bate no casco
chuando chuando a titinga das águas

a escuridão é uma luz ao contrário
e a voz do poeta só chega até aqui...

a rua de plástico deveria ser branca
leva a um porto líquido sem mar
          a um porto aéreo sem ar
          a um porto concreto sem par

é f-hora do brasil
da casa da frente a castanhola enfrenta
                                a fiação no poste
                                a diamantização no porte
da frente da casa

vegetais dão largadas
na piçarra, a pirraça de dias tais
um café passado da hora

a antena do rádio direito engavetada conta
conto do desafiar o tempo
por todo peso que se sente, desenfiando...

o futuro (sere) de telhados brancos
                                 de asfaltos brancos
que os cegos olham...

na voz do brasil a brasa congelou
numa frequência amar-g-ama

os tênis caminham
num caminho o caminhão
                                   com duas manguinhas dentro

aí o ouvido no fóton do anil
resolvendo a regra na regra de três
                     mentira - solidão
                                       X
                     verdade - cidade

no pampa dos engenheiros, um rock marajoara
e a voz do poeta só atravessa a rede
                de sociedade
                                        de pesca
                                                           de dormir
até jáqui.
Jonas Furtado
Enviado por Jonas Furtado em 16/08/2024
Alterado em 16/08/2024
Comentários
Capa Meu Diário Textos Áudios Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links