Minha mente poética
Não. Não foi um teste. Foi minha verve poética que quase foi cerrada pela visão pouco criativa de um dos coleguinhas de jogo de pião.
_Sua vez. Já marcou a última pontuação?
A ponta do brinquedo servia de lápis na folha do terreno demarcado para o placar.
_Sim, está(,) MARCO.
E a reprovação do meu particípio irregular veio com uma repreensão tamanha, como a querer rebaixar meu parco vocabulário de jovem de 14 anos de idade. Bem que eu preferia os livros (tinha pouquíssimos), os cadernos, os lápis de cor. "Vai, filho! Brincar é saudável. Tenha convívio social.", corroborava minha avó. E fui.
_De onde tu já tirou esse "marco"? Não existe!
E a garotada ensaiava um deboche. E meu parco vocabulário não soube explicar a poesia sentida. E respondi:
_Não sei, MARCO.
Perdi o jogo; todavia, ganhei esta crônica.
(FURTADO, Jonas)
Jonas Furtado
Enviado por Jonas Furtado em 27/06/2023
Alterado em 27/06/2023